giovedì 11 gennaio 2007

9 potenciais doadores de órgãos assassinados

Sim, é no Brasil.

Mas o que incomoda mesmo nesta história, não são somente os assassinatos, mas o que acontece nos bastidores da justiça federal brasileira.

São quatro processos que estão encalhados nas gavetas do tribunal de justiça federal de Belo Horizonte. Os processos 2003-38-00-026227-9, 2003-38-00-002667-5 e 2003-38-00-026225-1, relatam os assassinatos de 8 pessoas que foram diagnosticados mortos propositalmente para servir ao mercado de órgãos, enquanto ainda estavam vivos.

O processo 2002.38.00.017774-9, refere-se ao assassinato do primeiro destes nove doadores, que trouxe os outros casos à tona. Foi a partir de muita dedicação e esforço que consegui provar que médicos estavam matando pacientes para transformá-los em doadores. Meu filho Paulo Veronesi Pavesi foi a primeira vítima.

Os processos foram abertos no fórum da Justiça Federal de Belo Horizonte, e sempre foram acompanhados de perto pelos acusados, mas não por intermédio de um advogado como acontece nos países cuja justiça é independente. Eles foram acompanhados pelo chefe da máfia de transplantes de Minas Gerais, o ex-deputado federal Carlos Mosconi.

O último passo desta quadrilha, cujo Ministério Público Federal ajudou com a omissão, foi enviar o processo para a comarca de Pouso Alegre, onde possívelmente a justiça é mais "amigável". Não sinto cheiro de pizza nesta história. Sinto o cheiro de merda.

Diversas provas foram levantadas e confrontadas. Alguns documentos foram escritos pelo próprio punho dos assassinos. E mesmo assim, um movimento bastidorial está empurrando as condenações para o abismo da impunidade.

Com todas as pressões para que os brasileiros não saibam o que está acontecendo, a justiça brasileira está aceitando os comandos de Mosconi. O Tráfico de Órgãos é uma realidade que está tomando proporções inimagináveis.

Eu não sei quanto vale um juíz, pois por princípio, ainda que tivesse dinheiro, não compraria uma sentença. Mas para Mosconi, não há limites. Ele compra tudo o que pode pagar, e aquilo que não pode ser pago, pode ser premiado, pode ser incentivado, pode ser promovido.

Paulo Veronesi Pavesi, de apenas dez anos, foi assassinado por um grupo de médicos comandados por Álvaro Ianhez. Hoje, este médico foi aceito no Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo onde está autorizado a realizar transplantes. E os laços se evidenciam pela imprensa. Álvaro voltou aos serviços de transplantes na gestão de Geraldo Alckmin. Todos dizem que Alckmin nunca foi médico, e eu acredito. Até porque, Álvaro Ianhez também nunca foi, pois não posso aceitar que o assassino de uma criança, se denomine médico. Mesmo quando este usa políticos para emplacar sua impunidade.

Mas o jogo não acabou. E para dizer a verdade, hoje até espero que o processo não acabe em condenação, como temos visto em outros processos.

Aqui não se pune assassino que pode pagar por uma sentença.

Aqui, bandido tem pedigree.

Geraldo Alckmin esteve hoje, dia 11/01/2007 ministrando palestra na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na Zona Oeste da capital. Em sua companhia, destacou a imprensa, estava Carlos Mosconi. O chefe mafioso da quadrilha de tráfico de órgãos de Minas Gerais, certamente estava a agradecer Alckmin pelo feito que trouxe o assassino de Paulinho de volta aos transplantes.

Alckmin dizia que uma de suas prioridades era acabar com o PCC. Está explicado o fracasso do ex-governador.

2 commenti:

Anonymous ha detto...

Como pode casos tão graves como esses estarem encalhados no STF! Agora para dar dois habeas corpus em menos de 48 horas para um banqueiro corrupto e com o agravante de ter tentado subornar um policial federal a justiça funciona muito bem!

Paulo Pavesi ha detto...

Calma amigo!

Eles nao estao encalhados no STF. O caso é tao grave que o Ministerio Publico Federal nao permitiu que eles chegassem no STF. Estao encalhados no Ministerio Publico Federal e agora estao tambem encalhados no forum da cidade de Poços de Caldas onde o chefe da quadrilha comanda.

Paulinho - 10 anos

Paulinho - 10 anos

A verdade acima de tudo

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George Orwell

Assista aos vídeos

Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic


Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.

 

Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.

 

Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.

 

Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.

 

Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.

 

Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.

 

... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.

 

O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.

 

CASO TAUBATÉ

 

Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.

 

Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.

EM OUTROS PAÍSES

A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
Watch CBS Videos Online

Assista o documentario HOT

Veja todas os posts e as informaçoes sobre o documentario realizado em Roma, que aborda o assunto trafico de orgaos e que a imprensa brasileira nao quer divulgar. O documentário produzido pela Lupin films (Italia) tem a minha participação e ganhou o festival internacional de cinema em Roma Clique aqui.

About Me

Paulo Pavesi
Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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