venerdì 12 gennaio 2007

Tudo em benefício do crime

As empresas prestadoras de serviço de telefonia fixa, tv a cabo, telefonia movel dentre outras, no Brasil, estão conscientes de seu papel na sociedade e na economia. Se você tiver algum problema para resolver com uma destas companhias, poderá ignorar este texto e escrever o seu próprio. Certamente você terá um conto magnífico e espantoso para narrar a todos.
As vezes que precisei, cheguei a conclusão que aquele que trabalha honestamente e quer fazer a coisa certa, no Brasil, não passa de otário. Um imbecíl que acredita que as leis foram criadas para serem cumpridas.
Vou citar a telefonia móvel da Claro. Temos um plano de 750 minutos mensais - algo que não é muito comum para uma empresa de telefonia que está acostumada a explorar os cartões telefônicos em assinaturas pré-pagas. Acreditava que teríamos um atendimento decente para solucionar o nosso problema. Mas fomos tratados como se estivessemos fazendo um favor para a empresa. Ela esqueceu-se de que pagamos caro para recebermos atendimento.
Um dos nossos "chips" foi furtado. Na verdade este "chip" não era utilizado já a alguns meses. Estava guardado numa carteira de um dos nossos filhos, quando foi subtraído. Mas não demos falta, justamente por não utilizá-lo. Ao recebermas a conta do último mês do ano 2006, ficamos assustados: A conta possuia o total triplicado das contas habituais. Os números chamados, na grande maioria pertencia à cidades do interior de São Paulo, coincidentemente nas cidades que possuem presídios.
Resolvi então ligar para o "chip". Uma pessoa atendeu identificando-se como o dono da linha. Disse que deveria estar havendo um engano, pois garantia que comprara o chip de um amigo gente boa. Tentei argumentar dizendo que havia adquirido o "chip" diretamente da empresa Claro, mas o outro lado parecia não compreender. Então li para ele o valor da conta que eu não gerei e ele riu. A risada parecia dizer: "Paga a conta otário". Desliguei o telefone e pensei que ligando para a polícia as coisas estariam resolvidas.
A polícia disse que não poderia fazer nada. Eu implorei explicando que havia acabado de falar com a pessoa que estava com o meu "chip" e o policial reafirmou que nada poderia ser feito.
Resolvi então ligar para a empresa Claro. Uma atendente bastante atenciosa e educada disse que observando a conta, de fato, estava bastante óbvio que não havíamos realizado aquelas ligações, mas que nada poderia ser feito. Então decidi pedir a ela o cancelamento da linha que estava com o mister dos interurbanos. Para a minha surpresa, a atendente não quis cancelar, pois como eu havia comunicado distorções na conta, o telefone não poderia ser suspenso enquanto não fossem apurados os fatos.
Não posso cancelar, não posso denunciar, não posso deixar de pagar. E a pessoa que está usando o meu "chip" pode fazer quantos interurbanos quiser, pois não pagará pela conta. A conta será destinada a um otário, que avisou a polícia, avisou a empresa de telefonia: Eu.
Na prática, o cidadão que comprou o chip roubado, tinha mais direitos sobre a minha linha do que eu. Não há onde reclamar e nem a quem reclamar. Só faltou que me pedissem para deixar o atual "dono" da linha em paz.
De repente toca meu telefone. É o atual dono da linha. Ele então me comunica que esteve pensando e concluiu que não seria justo que eu pagasse a conta. Eu concordei. Então ele, muito educadamente disse:
- Diz ai seu endereço que levo o dinheiro pessoalmente para pagar esta conta ai.
Obviamente agradeci pelo gesto de nobreza, lhe pedi desculpas pelo incomôdo e fui trabalhar para poder pagar com as minhas horas extras os interurbanos realizados para os presídios da região.
Hoje recebemos a notícia de que a conta deve ser paga, pois a empresa não considera que houve ligações ilegais, uma vez que o "chip" me pertence. O atual proprietário do meu "chip", ainda utilizou mais um mês e poderemos constatar isso na próxima conta, que certamente teremos de pagar, já que a polícia e a empresa, empenharam-se bastante para que o cidadão não fosse incomodado.
Acho que vou pedir a transferência da minha assinatura de tv para a casa dele. Talvez um dia eu tenha algum direito colaborando para quem sabe, o PCC. Pelo menos é este caminho que as coisas andam.

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Paulinho - 10 anos

Paulinho - 10 anos

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George Orwell

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Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic


Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.

 

Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.

 

Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.

 

Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.

 

Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.

 

Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.

 

... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.

 

O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.

 

CASO TAUBATÉ

 

Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.

 

Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.

EM OUTROS PAÍSES

A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
Watch CBS Videos Online

Assista o documentario HOT

Veja todas os posts e as informaçoes sobre o documentario realizado em Roma, que aborda o assunto trafico de orgaos e que a imprensa brasileira nao quer divulgar. O documentário produzido pela Lupin films (Italia) tem a minha participação e ganhou o festival internacional de cinema em Roma Clique aqui.

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Paulo Pavesi
Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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