sabato 20 gennaio 2007
Hipocrisia I
11:33 | 
Pubblicato da
Paulo Pavesi |
O presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva usou o bolsa família (programa social assistencialista) para ter a maioria dos votos na última eleição. Eu não vou dizer que é a cachaça o mal do presidente, pois o último que disse isso quase foi expulso do país. Isso até não seria má idéia, uma vez que no futuro, talvez pudesse assim como outros exilados, ganhar uma gorda indenização.
Sendo assim, acredito que o presidente Lula está padecendo de suas funções psicológicas por justamente não estar em dia com a malvada pinga.
Dois fóruns mundias acontecem ao mesmo, e não é por distração dos organizadores. Em Davos, o fórum econômico mundial, e na Africa o fórum social mundial. Lula - socialista por hipocrisia - resolveu tomar o rumo de Davos. É que neste próximo mandato, Lula não será submetido às urnas, e com isso não tem mais qualquer compromisso com o povo, com o social. Lula quer o econômico. Lula quer o ambiente dolorificado.
O verde da bandeira de Lula não representa mais as florestas brasileiras, desmatadas com o auxílio do selo "OPTEI" que foi distribuído para algumas pessoas que desmatavam a floresta com a garantia de não serem fiscalizados. O Verde da bandeira de Lula é o dólar. E não aqueles que foram transportados na cueca, mas aqueles que estão forrando o seu futuro.
Depois de 4 anos de um mandato sujo, Lula percebe que nada fez de importante que pudesse lhe credenciar como um dos melhores chefe de estado durante este período, e isto o preocupa. Lula vive de holofotes e sem eles somados à falta de possibilidade de reeleição, Lula volta a ser um brasileiro qualquer, com direito à honras de estado, pensões vitalícias e título de ex-presidente (mais corrupto e acéfalo é verdade) que o Brasil já teve.
Os idealizadores do Fórum Social de Nairóbi estão perplexos com a postura do nosso presidente. É que diferente de nós, eles são informados apenas pelas agências do governo, e sendo assim, as informações são manipuladas.
Ao ser questionado sobre qual avaliação faz da falta de Lula, Oded Grajew - presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social - disse que "tem de perguntar para ele. As pessoas vão onde acham importante estar".
Lula já respondeu.
Cândido Grzybowski, foi mais direto: "Eu lamento, me deixa muito perplexo", disse ele, que é diretor-geral do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas). "Nós o tínhamos como parceiro desde o início. A ida de Lula a Davos não rompe nada, mas aprofunda esse estranhamento, esse distanciamento com a sociedade civil", disse.
O MST representado por João Paulo Rodrigues, também fez crítica a ausência de Lula: "sinaliza que há uma mudança de rumos no governo Lula e na figura do próprio presidente Lula do ponto de vista da relação com a esquerda".
A verdade é que Lula não mudou o posicionamento. Apenas não precisa mais fingir.
Quem sabe se Lula não voltasse a tomar alguns goles, não se realinharia à esquerda. Afinal, para acreditar que o socialismo é a única solução, só mesmo estando embriagado.
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Paulinho - 10 anos
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