martedì 5 maggio 2009

Exames fraudados


Durante as investigações sobre o caso Paulinho (10 anos), descobrimos que estavam faltando diversos documentos importantes no prontuário médico. A medida em que as investigações avançavam, maiores eram as irregularidades encontradas. Para abafar o caso, o Ministério da Saúde (José Serra), criou uma força tarefa. Carlos Mosconi, o chefe da máfia, participou efetivamente das auditorias e era informado pessoalmente pelos assessores de Serra sobre as irregularidades. Mosconi, por sua vez, contatava o hospital e médicos envolvidos solicitando que os documentos fossem criados ou adulterados para dar corpo a versão criada pela máfia e que pudesse ser facilmente terminada com a impunidade.

Um ofício do assessor de José Serra confirma que Mosconi foi informado pessoalmente das irregularidades. Portanto, não se trata de uma mera expeculação.

O primeiro prontuário apresentado para auditoria tinha 12 páginas. No final da auditoria, o prontuário possuia mais de 26. No entanto, criar uma história mentirosa requer organização e inteligência, coisas que os envolvidos padecem.

Abaixo, alguns dos documentos falsificados e as explicações.

Exame de Gasometria Venosa - FALSO


Repare na data assinalada em rosa. O exame foi solicitado e emitido em 22/04/2000. Tudo bem se Paulinho não tivesse sido sepultado as 8:00 da manhã daquele dia.




Anticorpo para vírus hepatite C - FALSO


O exame foi solicitado e emitido em 20/04/2000. O documento recebe o timbre do Hospital da Santa Casa, porém, Paulinho estava no dia assinalado no Hospital Pedro Sanches. Portanto, é impossível que tenha realizado tal exame.




Hemograma - FALSO


O exame foi solicitado e emitido em 22/04/2000. Como já disse, Paulinho já estava sepultado neste dia.


Bilirrubina - FALSO


O exame foi solicitado e emitido em 20/04/2000. Como no outro caso, o documento recebe o timbre do Hospital da Santa Casa, porém, Paulinho estava no dia assinalado no Hospital Pedro Sanches. Portanto, é impossível que tenha realizado tal exame.


Mas as fraudes não estavam limitadas aos exames. Documentos importantes relativos à doação de órgãos, segundo a lei, devem ficar armazenados por 20 anos. No entanto foram criados às pressas. O documento de retirada de órgãos foi preenchido por uma secretária que enviou rapidamente ao Ministério da Saúde. Tão rapidamente que o médico esqueceu de assinar. O documento foi copiado e assinado pelo médico e enviado para compor o 3o. prontuário. Abaixo, cópia das duas versões.



Documentos utilizados na cirurgia, também foram adulterados. No documento abaixo, na ficha de anestesia da primeira cirurgia, percebe-se claramente que o verdadeiro procedimento foi rasurado e sobre ele escrito a palavra "Arteriografia". Na pressa, os fraudadores não tiveram o cuidado de remover as pistas. A Dra. Sônia M. A. Cardoso, não foi indiciada e nem responde processo embora a ficha seja de sua responsabilidade.


Informações sobre os receptores também foram preenchidas a toque de caixa. E como em vários outros documentos, a falta de capacidade até para cometer crimes é notória. Abaixo a primeira versão sem as assinaturas e em seguida devidamente assinadas. O Ministério Público Federal reconheceu a fraude mas negou-se a denunciar os envolvidos.



A legislação brasileira determina que em caso de morte violenta, é necessária a criação de um boletim de ocorrência para investigar as causas do acidente e a realização de necrópsia. Paulinho não foi submetido a necrópsia por motivos óbvios. Foram retirados mais órgãos do que os que foram declarados. No atestado de óbito, encontramos assinalado a existência de um boletim de ocorrência sobre a queda. No entanto, tal boletim nunca foi localizado. O laudo desta necrópsia nunca apareceu e o médicos legistas confirmam que ele nunca foi feito.



As AIH's significam Autorização para Internação Hospitalar. Como Paulinho foi tratado de forma diferente pois estava sendo assassinado, as AIHs também não existiam. Elas foram preenchidas as pressas para ajudar a auditoria. Falsificar documentos público é crime. Mas Regina Cioffi, a responsável pelas falsificações não foi incomodada. Ela foi afastada algum tempo das funções mas retornou em seguida sem nenhum arranhão.


Se você viu estes documentos e acreditava que transplante é coisa séria, deveria pensar melhor antes de avaliar a hipótese de se tornar um doador. Apesar de todos esses documentos, NINGUEM foi punido, exceto eu que denunciei e moro hoje na Itália pois a perseguição para que eu me cale é enorme.

Fique vivo! Não se deixe levar pela propaganda transplantista. Se eles são capazes de falsificar documentos para acobertar o assassinato de uma criança de 10 anos, imagine o que não seriam capazes de fazer com você.

Este blog desafia qualquer autoridade a provar o contrário, sem obviamente, criar, fraudar ou adulterar novos documentos. As imagens contidas neste blog foram extraídas do processo de homicídio onde os médicos estão sendo absolvidos graças a influência política do chefe desta Máfia Carlos Mosconi.

Para saber detalhes do caso Paulinho leia:


A história de Paulinho narrada em 2002 pela CartaCapital - A matéria mais completa e honesta já publicada sobre o caso.

Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.

Avaliação neurológica comprova: O estado de saúde não era grave. - Documentos que constam nos autos, comprovam que Paulinho foi levado ao hospital e sua primeira avaliação neurológica não era grave como dizem os médicos para se defenderem.

Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.

Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.

Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.

2 commenti:

O cobrador ha detto...

É isso ai,
Cadeia seria muito bom...
Não desista da Luta por justiça de verdade ok!
Deus te protega.

Anonymous ha detto...

Estava fazendo uma pesquisa, sobre trafico de órgãos e encontrei teu blog.

Confesso que não esperava tudo isso, fiquei chocada, é né, tenho 15 anos, era de se esperar.
É uma situaçao vergonhosa.


Parabéns pela iniciativa, poucas pessoas sabem que isso acontece. Poucas pessoas tem tamanha coragem de enfrentar certas autoridades, como vc tem.
Pior que isso tende a crescer sempre, talvez assim a sociedade enxergue e se junte a vc.

Espero Justiça(!)
Ao menos a Justiça de Deus será feita!

Paulinho - 10 anos

Paulinho - 10 anos

A verdade acima de tudo

"Jornalismo é publicar o que alguém não quer que seja publicado. Todo o resto é publicidade"

George Orwell

Assista aos vídeos

Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic


Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.

 

Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.

 

Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.

 

Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.

 

Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.

 

Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.

 

... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.

 

O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.

 

CASO TAUBATÉ

 

Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.

 

Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.

EM OUTROS PAÍSES

A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
Watch CBS Videos Online

Assista o documentario HOT

Veja todas os posts e as informaçoes sobre o documentario realizado em Roma, que aborda o assunto trafico de orgaos e que a imprensa brasileira nao quer divulgar. O documentário produzido pela Lupin films (Italia) tem a minha participação e ganhou o festival internacional de cinema em Roma Clique aqui.

About Me

Paulo Pavesi
Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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