venerdì 8 maggio 2009

O socialismo e o tráfico de órgãos

Há pouco tempo atrás, um comentário neste blog afirmava que tráfico de órgãos é coisa de país capitalista. Disseram ainda eu que deveria me informar melhor. Fiz minha lição. Pesquisei e achei um texto bastante interessante do blog Locutório do autor BARROS, R. F. (frizero@gmail.com). 


Hilda Molina Morejón (foto) é uma importante neurocirurgiã de origem argentina.  Entusiasta da Revolução Cubana que levou ao poder naquela ilha caribenha a Fidel Castro e seus companheiros de luta armada, Hilda fixou residência em Havana e, por sua reconhecida competência, foi designada diretora do Centro Internacional de Restauração Neurológica (CIREN) de Cuba.  Mas, ainda que pertencendo ao primeiro escalão dos estrangeiros que apóiam e ocupam cargos de importância no governo castrista, Hilda Molina Morejón cometeu um grave equívoco: protestou, rompeu e denunciou as mazelas que viu em seus anos de direção à frente daquele hospital.

A Dra. Morejón lutou por uma causa nobre: em 1994, descobriu a existência de uma máfia de tráfico de órgãos dentro do CIREN e, o que era ainda mais grave, com a participação e anuência de altos funcionários do Governo de Cuba.  Ela constatou que órgãos de seres humanos, sobretudo de fetos provenientes de abortos induzidos clinicamente, estavam sendo vendidos para estrangeiros que viajavam para Cuba com o propósito de receber tais órgãos em transplantes.  O principal produto desse comércio era material de medula óssea, muitas vezes extraído sem qualquer consentimento das famílias.  Ao trazer a público tal denúncia, Hilda Molina Morejón renunciou a seu cargo de direção, devolveu as medalhas ofertadas pela Revolução Cubana e desvinculou-se do governo, inclusive de seu mandato como deputada da chamada Asamblea Nacional del Poder Popular.  Como forma de seguir atuando como médica na ilha de Fidel Castro, fundou o Colégio Médico Independente de Cuba, entidade que mantém na clandestinidade por pressão do governo cubano.

Desde então, Hilda Molina Morejón e sua mãe, Hilda Morejón - uma anciã de oitenta e sete anos - foram proibidas de se retirar do país, ainda que sendo ambas cidadãs argentinas.  Ambas foram declaradas "inimigas do povo cubano" e a Dra. Morejón teve o pagamento de sua aposentadoria arbitrariamente suspenso por ordem do governo.  Vivendo da pensão de aproximadamente US$ 8 (oito dólares estadunidenses) da mãe, as duas mulheres vivem sob constante ameaça de simpatizantes do regime castrista e, segundo denúncias de movimentos de direitos humanos de Cuba e de outros países, a casa onde ambas residem transformou-se em um dos alvos preferidos de vândalos.

O caso de Hilda Molina Morejón retornou à imprensa mundial depois que na recente Cúpula de Presidentes do Mercosul, realizada em Córdoba, Argentina, o presidente do país anfitrião, Nestor Kirchner, entregou ao presidente de Cuba, Fidel Castro, uma carta na qual solicita a liberação da médica argentina para que possa retornar ao seu país de origem e visitar seus familiares, dentre os quais seu único filho, os quais não vê há pelo menos doze anos.  O gesto de Kirchner, contudo, é visto pela imprensa argentina como "teatral" diante das críticas que a oposição daquele país tem feito, há anos, à inação da chancelaria argentina.  Em 2003, o irmão da dissidente do regime cubano, Roberto Quiñones, deu início à campanha nacional em protesto pela decisão cubana, a qual culminou, em 2004, com a queda do chefe do gabinete do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que viera à público defender abertamente a liberação de Molina. 

Curioso é que a justificativa para que o governo de Fidel Castro não libere Hilda Molina Morejón, ou seja, não lhe conceda a autorização especial de viagem ao exterior que todo cidadão livre cubano precisa ter para sair do país, é a de que o "cérebro [da cientista] é patrimônio do país e do povo cubano".

A apatia do governo argentino ao negociar com Cuba o retorno de suas duas cidadãs para o país reflete uma certa permissividade que parece trespassar boa parte dos governos latino-americanos da atualidade.  Difícil não recordar da falta de atitude do governo brasileiro, por exemplo, diante do confisco das refinarias da Petrobrás na Bolívia, ou dos cuidados excessivos dos países do Mercosul em incluir na pauta de discussões da Cúpula de Córdoba quaisquer questões afeitas aos direitos humanos - já que o convidado especial do evento era justamente Fidel Castro, acusado por diversas organizações não-governamentais ao redor do mundo por crimes contra a liberdade. 

Por que será que a América Latina, de tantas chagas causadas por regimes totalitários e militaristas, parece não ter aprendido ainda a lição e caminha, algo inocente, na direção dos braços generosos de ditadores mal disfarçados?  Quando será que nos salvaremos desse populista canto sedutor de sereia que parece emanar de Cuba e outras paragens e caudilhos?  Arrisco-me a pensar que aquilo que mais encanta em governo como o de Cuba, para os nossos dirigentes latino-americanos, é a sua capacidade de perpetuar-se no poder. 

Será, então, esse o sonho de uma América Latina unida e forte, uma ditadura à 1984?  Se este for o projeto de futuro, não há mesmo razão para que Hilda Molina Morejón saia de Havana.  Não valerá a pena trocar a matriz por uma das cópias em esboço.

Meus comentários: A semelhança de Lula e Fidel não está apenas na tirania e nos ideais podres. Eles também são apoiam o tráfico de órgãos.

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Paulinho - 10 anos

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Assista aos vídeos

Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic


Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.

 

Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.

 

Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.

 

Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.

 

Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.

 

Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.

 

... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.

 

O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.

 

CASO TAUBATÉ

 

Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.

 

Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.

EM OUTROS PAÍSES

A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
Watch CBS Videos Online

Assista o documentario HOT

Veja todas os posts e as informaçoes sobre o documentario realizado em Roma, que aborda o assunto trafico de orgaos e que a imprensa brasileira nao quer divulgar. O documentário produzido pela Lupin films (Italia) tem a minha participação e ganhou o festival internacional de cinema em Roma Clique aqui.

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Paulo Pavesi
Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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