O texto no link acima foi enviado à revista Galileu e ao jornalista FAUSTO SALVADORI. A revista até agora não se manifestou e talvez nem se manifeste. Porém, recebi ontem a tarde uma mensagem do jornalista FAUSTO SALVADORI, que reproduzo abaixo:
Caro Paulo,
Obrigado pelo seu e-mail. Suas colocações são pertinentes e você merece uma resposta. Estou meio ocupado por esses dias, por isso vou mandar um e-mail mais longo nesse final de semana. Mas adianto que nunca me passou pela cabeça questionar a sua história; ela inclusia fazia parte do texto original que mandei para a revista, mas acabou cortada por questões de espaço.
Até breve,
Fausto Salvadori Filho
Fone +55 (11) 9xxx-xxxx
MSN fsalvadori@
http://www.botecosujo.com
Entenderam?
Assassinatos de doadores no Brasil é mito, e infelizmente tiveram que cortar o caso Paulinho por falta de espaço. É assim que se produz uma reportagem encomendada. Para uma conclusão mentirosa e falsa, basta omitir a verdade.
Basta omitir que além do Paulinho, outros 8 pacientes foram mortos para a mesma finalidade, pelo mesmo grupo, que continua atuando, agora contratado pelo governo desde 2007 para atuar pelo SUS.
Um exemplo do nível que a revista atingiu é a forma como ridicularizaram a missionária Elilda. Elilda é mulher exemplar. Se empenha em acompanhar familiares de vítimas que são sempre tratadas como lixo, ou simplesmente ignoradas pelas autoridades quando o assunto é tráfico de órgãos. Elilda tem uma enorma dificuldade em se fazer entender. Não está preparada para isso.
Cito como exemplo o trecho em que a revista zomba do fato de que Elilda teria afirmado que no caso Eloa houve assassinato. A revista ironicamente diz que "a bala na cabeça era só um detalhe". Infeliz e desinformado o "jornalista". Obviamente que a bala foi responsável pelo quadro grave da menina. Mas se alguém desconectasse os aparelhos que a mantinham viva para que os transplantes pudessem ser realizados o mais depressa possível, seria homicídio, e não uma morte causada pela bala. Se rever as reportagens, poderá reparar que a morte chegou a ser anunciada e desmentida. A comprovação não acontecia e tiverem que apressar. É fato.
Caso do Camelô
Roberto Tardelli, promotor público, é citado como investigador do caso José Heron sendo que, no Brasil, esta atividade não é de competência do Ministério Público e sim da polícia. O jornalista também talvez tenha se esquecido disso. No início Tardelli trabalhou bem até esbarrar na máfia. Dai em diante abafou o caso. Usou de todas as formas possíveis para impedir que as investigações fossem isentas e aprofundadas. Durante a exumação, um perito acompanhou o caso vindo diretamente de Brasília, confirmando que o corpo estava sem órgãos e em seguida calou-se após ser promovido. A data da promoção e a data da exumação podem ser checadas se desejarem.
A revista ainda afirma que a exumação comprovou que o cadáver estava intacto. Pois bem. O camelô chegou ao hospital após ter recebido uma canivetada na altura do coração, cuja profundidade do corte foi de 2,5 cm. Falando e consciente, foi visitado pela mãe sem que a família pudesse imaginar que ele estaria prestes a "morrer". O hospital do Tatuapé, local onde estava internado José Heron, não permitiu mais que a família o visitasse. Heron morreu 24 horas depois e seu caixão foi lacrado. A família não conseguiu identificar o corpo porque apenas o rosto era visível e estava completamente deformado. Só aceitaram o caixão como sendo José Heron porque ele tinha mais de 2m de altura o que possibilitou identificá-lo. As fotos da exumação demonstram que José Heron estava sem os braços e as pernas.
Detalhe: a mãe de José Heron, pouco antes de comunicarem sua morte, foi intensamente assediada a doar os órgãos do filho, mas não aceitou doá-los.
Não querem falar de tráfico de órgãos? Ao menos gostariamos simplesmente que explicassem como alguem que morre com uma canivetada de 2,5cm de profundidade, tem o caixão lacrado e os braços e as pernas decepadas. Mas estas respostas, o super promotor investigador Tardelli não forneceu e nem fornecerá. O Hospital do Tatuapé, diga-se de passagem, foi aquele onde um enfermeiro flagrou duas "médicas" roubando as córneas de sua avó recem falecida.
Clique aqui para ler a reportagem.
São estes dados que o jornalista não obteve porque não investigou. Elilda possui fotos que revelam o momento em que um "perito" de São Paulo, raspa a região das córneas usando um facão de cozinha, agachado no chão como se estivesse defecando na roça, danificando e impossibilitando qualquer análise posterior, enquanto o corpo ainda estava ao chão do lado da sepultura.
Roberto Tardelli sabe disso, mas preferiu o caminho da "teoria da conspiração". É mais fácil desqualificar quem denuncia, do que enfrentar a máfia. Principalmente quando falta caráter e coragem por parte de promotores como Tardelli. Um capacho da máfia.
Talvez tudo isto seja mesmo uma grande lenda urbana e não uma conspiração. Uma lenda em que as autoridades acusam os denunciantes de malucos, mas não conseguem explicar os fatos. Uma lenda que me faz pedir asilo na Itália depois de ser perseguido pelo governo brasileiro, e que a imprensa não fala no assunto para não incomodar os traficantes. Uma lenda onde fatos se encaixam completamente, e são eliminados das páginas de revistas por falta de espaço. Pura lenda urbana.
A revista continua com o ironismo: "Ao ler esta reportagem, provavelmente a freira também terá certeza de que Galileu é um dos braços da máfia do tráfico de órgãos". Quanto a freira eu não sei, mas eu afirmo que sim. Omitir dados e distorcer fatos para validar uma farsa, é um ato típico do crime organizado. Galileu, por enquanto, é sim um braço midiático da máfia, como muitos outros que existem.
Espero ainda que Galileu consiga comprovar que o caso Paulinho é uma farsa. Se forem mais uma vez omissos, será apenas uma questão de descobrir o preço, pois que se venderam, eu já sei.
Para saber detalhes do caso Paulinho leia:
Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.
Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.
Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.
Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.
0 commenti:
Posta un commento