mercoledì 13 dicembre 2006

E nem acabou o ano!

Final de mandato, final de ano, final de esperança.

Deputados mensaleiros uniram-se a Senadores sanguessugas e entraram num acordo: Vamos dobrar nossos salários!

Eu não entendo muito bem como funcionam estes acordos que somos nós que pagamos e nem somos consultados. Aliás, o acordo foi tão bem fechado, feito de tal forma que nem vai precisar passar pela votação no congresso.

Mas isso nem incomoda mais a minha insônia. A minha insônia desta noite foi em busca de uma informação que li sobre a conclusão de Aldo Rebelo PCdoB-SP (autor do importante projeto do dia nacional do Saci Pererê).

Rebelo disse que as despesas com o aumento serão compensadas com cortes nos gastos das duas Casas. Ou seja, o aumento não vai fazer diferença nenhuma para nós brasileiros. Será?

Imagine que a folha de pagamento da Câmara até este aumento, correspondia a modesta e insignificante quantia de R$ 6.553.600,00 (por extenso: seis milhões, quinhentos e cinquoenta e três mil e seicentos reais). Para que a câmara possa pagar o novo salário, serão desembolsados mais R$ 6.553.600,00 (por extenso: seis milhões, quinhentos e cinquoenta e três mil e seicentos reais), sendo que esta última cifra será proveniente de cortes de despesas das casas (câmara e senado).

Muito bem! Agora vamos imaginar que um brasileiro que recebe um salário mínimo hoje, e não tem direito à educação, saúde, justiça, saneamento básico, moradia, e outros benefícios superfluos, tem ao final de um mês de trabalho (sem faltar às segundas e sextas), a exagerada quantia de R$ 350,00 (por extenso: Trezentos e cinquoenta reais) aprovados com muito sacrifício pela lei nº 11.321,de 07.07.2006.

Se este brasileiro reunisse a família e dissesse: vamos fazer cortes nas despesas para que possamos ter uma renda em dobro, seguindo o exemplo do congresso, ele precisaria deixar de gastar R$ 350,00 para que no final do mês lhe sobrassem R$ 700,00.

Onde vamos chegar com estas contas? É simples. Para que o brasileiro assalariado mínimo dobrasse sua renda cortando gastos de sua casa, ele não poderia adoecer, comer, tomar banho, dormir, andar de ônibus, tomar água, ler, descansar e em resumo, viver. Obviamente em um mês sem as necessidades básicas, ele estaria morto em pouco mais de 7 dias.

Já os deputados, dizem que vão cortar despesas em torno de R$ 6.553.600,00 milhões e que isso não vai alterar em nada o andamento da câmara e do senado. Portanto, os gastos nestas casas com despesas mensais poderiam servir para manter uma outra câmara e um outro senado com folga, e sem matar ninguém de fome, sede ou de ignorância. Aliás, ainda sobraria muito dinheiro.

Com este novo aumento de salário, pagaríamos aos deputados por um ano de trabalho, o montante de R$ 157.286.400,00 (por extenso: Cento e cinquoenta e sete milhões, duzentos e oitenta e seis mil e quatocentos reais). Ao final de cada mandato, teríamos pago aos abastados a desprezível quantia de R$ 629.145.600,00 (por extenso: Seicentos e vinte e nove milhões, cento e quarenta e cinco mil e seicentos reais). Ou seja, pouco mais de meio bilhão de reais.

Obviamente não estou contando o dinheiro de verbas de representação, auxílio moradia, auxílio alimentação, gasolina, correios, funcionários (que são pagos pela câmara), passagens aéreas, cafézinho, getons e propinas (hemoderivados, ambulâncias, mensalão e cuecas).

De uma coisa podemos ter certeza. O dinheiro do salário mínimo do trabalhador brasileiro, ao menos é bem empregado. Ele frequenta o trabalho de segunda à sexta, não sai em missão oficial, e você pode conferir o que ele fez, que é de qualidade e pode ser observado e avaliado por qualquer um.

Já os deputados estão sempre viajando em missão oficial, passam dois dias da semana em casa, e pelo resultado das últimas CPIs, não pode ser avaliado ou observado.

Obviamente a comparação feita aqui foi apenas uma brincadeira para que você que está lendo pudesse compreender melhor as minhas indignações. Até porque, eu nem somei o bolsa família R$ 45,00 (por extenso: Quarenta e cinco reais) aos salários dos trabalhadores brasileiros o que certamente pesaria muito para os cofres do país.

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Paulinho - 10 anos

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Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic


Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.

 

Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.

 

Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.

 

Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.

 

Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.

 

Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.

 

... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.

 

O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.

 

CASO TAUBATÉ

 

Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.

 

Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.

EM OUTROS PAÍSES

A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
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Veja todas os posts e as informaçoes sobre o documentario realizado em Roma, que aborda o assunto trafico de orgaos e que a imprensa brasileira nao quer divulgar. O documentário produzido pela Lupin films (Italia) tem a minha participação e ganhou o festival internacional de cinema em Roma Clique aqui.

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Paulo Pavesi
Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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