venerdì 11 settembre 2009

Um ano de asilo humanitário


No dia 10 de Setembro de 2008, eu estava em Milão participando do julgamento que definiria o meu destino aqui na Itália, ou fora dela. Dia 9 foi o meu aniversário. E depois de 2 horas de audiência naquela corte, por unanimidade, me concederam o asilo.

Neste ano, comemorando 1 ano de asilo e alguns anos de vida, me deparei com o julgamento de Cesare Batistti, e é inevitável a comparação. Vejamos:

Eu entrei legalmente na Itália, com os documentos originais e satisfatórios à imigração.
Cesare Batistti entrou ilegalmente no Brasil, e para isso, falsificou documentos.

Eu sai do Brasil e vim para a Itália porque denunciei um grupo mafioso de tráfico de órgãos que matou o meu filho do qual fazem parte políticos respeitáveis (tão respeitáveis quanto José Sarney) e médicos renomados (tão renomados quanto Abdelmassih). Fui perseguido pelo Ministério Público Federal durante 7 anos.

Cesare Batistti deixou a Itália depois de fugir da cadeia. Condenado à pena perpétua pelo assassinato de 4 pessoas, Cesare fugiu para vários países até encontrar apoio no Brasil. O Ministério Público Federal apóia Batistti.

Eu entrei na Itália sem conhecer ninguém, e comigo trazia apenas documentos, filmes e gravações que comprovavam a minha denúncia.
Cesare Batistti entrou no Brasil com o apoio de um sistema de "inteligência". O passaporte usado por Batistti estava marcado e houve um esquema para que ele passasse sem ter qualquer problema (fato narrado por ele).

No julgamento do meu pedido de asilo, não havia nenhuma comissão de direitos humanos, e ninguém estava preocupado com a minha situação. Não havia manifestantes e nem faixas pedindo para a Itália que me deixasse ficar. Não havia dentro do tribunal ninguém gritando a meu favor.

No julgamento de pedido de asilo de Cesare Batistti, havia um grupo munido de faixas e cartazes, pedindo para que Cesare Batistti recebesse o asilo do estado brasileiro. Ministros, deputados e militantes da esquerda estavam lá para apoiar Batistti. Dentro do tribunal, pessoas gritavam em favor de Batistti.

No julgamento do meu pedido de asilo, eu não tinha advogado. Precisava convencer a corte com as provas que eu tinha em mãos e com o meu italiano precário.

No julgamento do pedido de asilo de Cesare Batistti havia um advogado em sua defesa, e muitos outros advogados importantes trabalharam por ele sem cobrar nada. Cesare não precisou dar explicações. Alguém o fez por ele.

Luiz Eduardo Greenhalgh foi meu advogado no início do caso Paulinho. Mas ele não fez nada por mim e nem pelo meu filho e estranhamente não permitia que o caso chegasse a imprensa. Algumas vezes sua equipe chegou a perder prazos.

Luiz Eduardo Greenhalgh foi advogado de Cesare Batistti. Ele fez de tudo pelo assassino usando de todos os meios para obter e intimidar a "justiça", inclusive a imprensa.

A imprensa não falou do meu asilo político, pois sou insignificante. Não matei ninguém. Eu consegui provar mais uma vez, que meu filho foi assassinado por médicos para fins de tráfico de órgãos.

A imprensa transmitiu ao vivo, via tv, radio e internet, o julgamento de Batistti. Ele é importante. Matou 4 pessoas. Até agora ele não conseguiu provar que não participou dos crimes. Todos sabem o que ele fez, pois o processo aqui na Itália está recheado de provas e testemunhas.

Eu sou considerado pelo governo brasileiro, um débil mental, cujas acusações (já comprovadas) não devem ser consideradas. Só para lembrar, eu acuso o governo de bancar financeiramente os traficantes de órgãos, além de proporcionar-lhes emprego e a total impunidade. (e provei)

Cesare Batistti é considerado pelo governo brasileiro, um intelectual e escritor, cujas condenações na verdade, dão conta de se tratar de um vagabundo assassino que usou a política para tentar se safar, assim como fazem os vagabundos políticos brasileiros.

Pensando em tudo isso, não teria sido melhor ter matado os assassinos do meu filho?

Talvez.

Mas ainda acho que - mesmo sendo necessário estar distante do Brasil - lutar por justiça de mãos limpas é o melhor caminho. Violência é para fracos. Minhas filhas dormem tranquilas apesar da minha situação. E os filhos dos assassinos? Como dormem?

2 commenti:

Blog do Ferra Mula ha detto...

Paulo, saiba voce que não aprovamos o acoitamento do Cesare Battisti.

Aqui no Brasil a "justiça" sempre empurra com a barriga para esfriar o momento e depois tomar a decisão requentada.

Isto leva um ano ou mais.
Ninguém até agora comentou, pelo menos não li, que a forma como está sendo votado pelos ministros a extradição condicional, acho que o governo italiano não vai aceitar.

Minha modesta opinião bate com o que voce ponderou a respeito.
O BATTISTI DEVE SER EXTRADITADO INCONDICIONALMENTE. POSSUI PENDÊNCIA COM A JUSTIÇA ITALIANA. TEM QUE PAGAR. O ADVOGADO DELE QUE BRIGUE COM A JUSTIÇA ITALIANA .
O que STF está fazendo está parecendo ingerência. Vamos ver até onde vai.

Um abraço amigo.
Airton.

Marcos Pontes ha detto...

Não se compare a esse crápula, ele não merece. Como não merecem seus defensores mal intencionados, como Tarso genro.

Paulinho - 10 anos

Paulinho - 10 anos

A verdade acima de tudo

"Jornalismo é publicar o que alguém não quer que seja publicado. Todo o resto é publicidade"

George Orwell

Assista aos vídeos

Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic


Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.

 

Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.

 

Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.

 

Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.

 

Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.

 

Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.

 

... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.

 

O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.

 

CASO TAUBATÉ

 

Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.

 

Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.

EM OUTROS PAÍSES

A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
Watch CBS Videos Online

Assista o documentario HOT

Veja todas os posts e as informaçoes sobre o documentario realizado em Roma, que aborda o assunto trafico de orgaos e que a imprensa brasileira nao quer divulgar. O documentário produzido pela Lupin films (Italia) tem a minha participação e ganhou o festival internacional de cinema em Roma Clique aqui.

About Me

Paulo Pavesi
Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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