Escala de Glasgow: Mais uma prova.
Quem nunca ouviu falar na Escala de Glasgow? Não se preocupe. Muita gente nunca ouviu falar disso. É um padrão adotado por neurologistas do mundo inteiro para descrever rapidamente a situação neurológica em que se encontra um paciente. Provavelmente você nunca deve ter ouvido falar. E é por isso que os assassinos de Paulinho abusam da informação que ele chegou ao hospital em estado grave depois da queda.
para sentar e aguardar socorro. E acatou imediatamente os conselhos, sentando-se calmamente até chegar o socorro. Ele entrou no hospital falando e chamando pela mãe, lúcido e sem qualquer gravidade como vou demonstrar. Como sempre, eu só falo quando posso provar, e por isso, ai estão as provas.
Ao chegar o resultado dos exames no hospital, os médicos decidiram realizar uma retirada de hematoma intracraniano. A cirurgia teve início às 18:30 ou 19:00 daquele dia. Não é possível saber exatamente pois existem vários documentos rasurados em relação ao horário.
O fato é que Paulinho ficou das 14:30 às 18:30 (4 horas) sem qualquer atendimento. Qualquer médico - mesmo os açougueiros - sabem que o grande sucesso no tratamento de traumas e o rápido atendimento.
Após a cirurgia que deveria retirar apenas um hematoma, Paulinho foi levado à coma induzido de onde nunca mais voltou. A escala de Glasgow também confirma esta afirmação. Primeiro entenda o que significa esta escala:
O único documento onde tem uma referência a esta avaliação (Glasgow) pertence a central de transplantes e por isso o título é "Identificação e Dados do Doador". Em nenhum outro documento encontramos esta anotação o que me leva a crer que ele só foi avaliado em Glasgow quando a central de transplantes chegou ao hospital, 24 horas depois do acidente.
Em outras palavras, 24 horas depois do acidente, vivo e em coma induzido por 90 mg de Dormonid e poucas horas antes do primeiro diagnóstico de morte encefálica, Paulinho foi classificado como Glasgow 10.
Todas estas informações sobre a escala de glasgow e a tabela ASA de anestesia fazem parte da literatura médica de qualquer universidade no mundo. Os documentos exibidos aqui constam no processo de homicídio que respondem os médicos, e que estão sendo absolvidos de todas as acusações, inclusive de estelionato.
O Ministério Público Federal não consegue explicar como os principais participantes deste crime não foram sequer denunciados, embora tenham sido indiciados pelo menos duas vezes. O Ministério Público Federal deseja que eu faça um exame de sanidade mental.
Doadores estão sendo assassinados em leitos de UTIs públicas para extração de órgãos e contam com a conivência de autoridades federais, incluindo o próprio Ministério Público Federal. Mantenha-se vivo: Diga NÃO a doação de órgãos.
Ministério Público revela o que sabia sobre o caso
No dia 19/04/2.000 o menor P.V.P. caiu do prédio em que habitava (altura aproximada de 10 metros), tendo sofrido traumatismo craniano. Imediatamente foi conduzido ao Hospital Pedro Sanches, onde deu entrada e recebeu os primeiros cuidados médicos, por volta de 14:30 hs, tendo, inclusive, sido submetido a uma cirurgia de sutura das feridas. Em seguida, por volta de 15:10 hs, foi encaminhado para um laboratório fora do hospital a fim de realizar exame de tomografia computadorizada do crânio, exame esse que, supostamente, desapareceu.
Diante desse exame os médicos entenderam por bem submeter o menor a uma cirurgia neurológica, mais especificamente a uma “craniotomia frontal esquerda com drenagem de hematoma intracerebral e plástica de duramáter”. Consta que, encerrada a cirurgia, o menor permaneceu na UTI do hospital Pedro Sanches. Às 06:00 horas da manhã do dia 20/04/2.000 ele ainda respondia a estímulos dolorosos, conforme registrado pela enfermagem no respectivo prontuário (fls. 87 do IC). Contudo, já às 07:00 horas da manhã daquele mesmo dia há anotação da enfermagem no sentido de que o menor não mais respondia a ditos estímulos (fls. 89 do IC).
Por volta de 18:35 hs daquele mesmo dia 20/03/2.000, ainda no hospital Pedro Sanches, foi realizada uma angiografia em um dos vasos do menor, não tendo esta constatado sua morte cerebral, dada a presença do contraste. Diante disso, o menor permaneceu na UTI do hospital Pedro Sanches até o dia 21/04/2.000, quando, por volta de 13:00 hs (v. fl. 92 do IC), foi transferido para a Santa Casa de Poços de Caldas (sem o registro de alta médica) a fim de, conforme alegado, realizar nova angiografia, desta feita dos quatro principais vasos que vão ao cérebro. Dúvidas surgiram em torno dessa segunda angiografia, pois:
1) sua expressão gráfica desapareceu;2) no laudo apresentado pela Santa Casa figura horário - ou seja 13:35 hs – em princípio não compatível com o momento em que o menor saiu do hospital Pedro Sanches, ou seja 13:00 hs (v. fls. 200 do IC – note-se que o genitor do menor afirma (fl. 450 do IC) que ele permaneceu numa sala cirúrgica até as 14:00 hs e só a partir de então é que teria sido encaminhado para a realização de angiografia); e,3) no relatório da cirurgia de retirada dos órgãos do menor consta a anotação “paciente sem M.E.” [isto é, morte encefálica] (fls. 166 do IC).
Foram retirados os rins e as córneas do menor, a fim de serem transplantados.
As córneas foram, ilicitamente, encaminhadas para a cidade de Campinas, no Estado de São Paulo.
Já os rins foram colocados na Senhora Ângela Maria dos Santos Lima, a qual veio a falecer em 22/07/2.000 em virtude de ter apresentado um quadro de “infeção pulmonar durante o período provavelmente hospitalar.” (v. fls. 2.146).
A partir desse evento - e em torno dele - vários outros vieram à tona, sendo que também se evidenciaram inúmeras irregularidades não só na gestão do sistema de transplantes, como ainda na própria gestão do Sistema Único de Saúde - SUS.
Patenteou-se a ocorrência de cobrança excessiva em razão dos serviços médico-hospitalares prestados pelo Hospital Pedro Sanches, cobrança essa dirigida à família do menor-doador. Tal problema, contudo, somente foi solucionado após a intervenção do Ministério da Saúde, o qual cuidou de refazer os cálculos e glosar da conta apresentada o que havia de excessivo (fls. 29/30 do IC).Acima, a narração detalhada confirmando que os exames sumiram, os horários dos laudos foram trocados e a existência da terrível e famosa frase "SEM MORTE ENCEFÁLICA". Um crime menor, mas de uma sujeira imensa, foi a extorsão cobrada pelo hospital que incluiu as despesas de doação de órgãs que segundo a lei "rígida" de transplantes, é gratuita. Tudo narrado por um procurador em uma ação de improbidade administrativa. E assim ele continua:
Diversas irregularidades foram apuradas, podendo-se citar, dentre outras:
- a ausência de registros e claras anotações médicas no prontuário do menor quando esteve internado no Hospital Pedro Sanches,
- o desaparecimento do exame de tomografia computadorizada,
- a inexistência de registro claro acerca do detalhamento da neurocirurgia realizada, a contradição entre anotações de enfermeiras e médicos no prontuário,
- a existência irregular da entidade “MG-Sul Transplantes”,
- a irregularidade das listas de receptores de órgãos (listas não oficiais e interestaduais),
- o comprovado envio das córneas do menor P.V.P. para o Estado de São Paulo (revelando, com isso, a transferência ilícita de órgãos e o desatendimento à lista oficial),
- as vultosas quantias doadas à entidade “MG-Sul Transplantes” (v.fls. 1378/1382 e 1560/1561 do I C),
- as inadequadas condições sanitárias detectadas tanto no Hospital Pedro Sanches quanto na Santa Casa, as inexplicáveis e desconcertantes omissões dos gestores do SUS e do Sistema de Transplantes - nos âmbitos estadual e municipal - na efetiva fiscalização e controle das respectivas atividades sob suas responsabilidades, omissões essas reveladas, sobretudo, na não adoção de medidas corretivas das distorções que deveriam saber ocorrentes.Em outras palavras, o Mg Sul Transplantes (Central de transplantes criada pelo Deputado Carlos Mosconi era clandestina). As córneas foram comprovadamente desviadas da fila única de espera e entregues à duas famílias mediante à "doações" em dinheiro. A compra e venda de órgãos é feita através de "doações". Percebe-se que o próprio procurador revela que haviam "vultuosas quantias doadoas ao Mg Sul Tranplantes. Os hospitais em questão não possuiam alvará da vigilância sanitária e o índice de infecção era altíssimo, o que causou o óbito de diversos pacientes. Tudo detalhado por um procurador da república.
Essa entidade era controlada e dirigida pelo mencionado nefrologista Dr. Álvaro Ianhez, o qual era também o responsável técnico pela equipe médico-especializada de transplante na Santa Casa. Ora, essa acumulação de tarefas afigura-se-nos como pouco ética, pois, obviamente, quem controla a entidade de captação e distribuição de órgãos humanos para fins de transplantes não deveria presidir a equipe médica que realiza as cirurgias!
Relativamente à Santa Casa de Misericórdia deve-se dizer, primeiramente, que mantinha relações com uma Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Regional – CNCDOR irregular, chegando mesmo a financiar o aluguel da área física em que tal entidade funcionava (v. fl. 17). E com isso mantinha um negócio lucrativo, pois detinha autorização para realizar cirurgias de transplantes de rins, sendo, por esse serviço e pelos serviços conexos a esse, altamente remunerada pelo SUS. Os valores, é bem de ver, são vultosos.
Ministério Público Federal e os planos de perseguição
"Eu acho que no caso as ameaças afasta muito e vai dar, vai dar ensejo a eles quererem dizer que o sr. tem problema mental para mim, e vai transformar tudo e jogar para o sr. a responsabilidade, o foco né, como eles querem fazer. E eu fico sem escolha porque na realidade foi um crime bem maior que foi praticado pelos médicos mas isso não impune um crime bem pequeno que é a injúria, calúnia e difamação".
Reportagem da Rede TV durante a CPI
De quem foi a idéia? Duda Mendonça?
Conivência não tem limites
Transplante x Religião
"Os abusos no transplante e tráfico de órgãos, que geralmente vitimizam pessoas inocentes como as crianças... devem ser condenados decididamente como abominações", disse o Papa. Mas o apoio continua.
Paulinho: Retirada de órgãos sem morte encefálica.
“PACIENTE EM DECUBITO DORSAL HORIZONTAL SEM MORTE ENCEFÁLICA”
CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS- 06/07/2004Depoente: Celso Roberto Frasson ScafiSR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO – (...) Outra coisa, PAULO VERONESI PAVESI, o garoto que chegou para ser transplantado, o senhor afirmou, satisfazia o quadro de alguém com morte encefálica para ser operado. Esse processo vem-se arrastando há algum tempo, inclusive o senhor já foi ouvido, mais de uma vez, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público. O senhor já tem respostas. Mas eu queria, nesta hora, nesta CPI, ouvi-lo dizer como é que se explica, quando o senhor emitiu um documento — vou citar este daqui, porque há mais de um: "Descrição do ato cirúrgico. PAULO VERONESI PAVESI. Categoria: SUS." O primeiro item que o senhor coloca é: "Paciente (...)" — eu não entendo o que vem antes — "(...) sem ME". Quando lemos ... inclusive o senhor colocou "ME" com letra maiúscula. Significa que ressalta o significado do "ME". Tem sido decodificado, entendido por todos, até pela imprensa, e creio que o senhor mesmo já admitiu, em várias oportunidades, que "ME" é "morte encefálica". Só que, antes do "ME", "morte encefálica", está "sem morte encefálica". Doutor, havia dúvida no quadro? O senhor enganou-se quando escreveu? Ou a criança estava viva?O SR. CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI – Não. Reforçando o que eu disse anteriormente, em nenhuma vez — e essa também não foi diferente — eu entrei em qualquer retirada de órgão onde houvesse qualquer dúvida quanto ao diagnóstico. Repetindo para o senhor, essa também não foi diferente. A gente tinha toda a documentação, como citei, escrita, assinada e carimbada pelo neurologista, está certo? com as radiografias realizadas, está certo?, como manda o protocolo, está certo?. Aí, onde na verdade se lê ou pelo menos a impressão aqui existe a palavra "sem", na verdade, a intenção é escrever "em morte encefálica". Provavelmente pelo próprio escrever ali, isso possa ter dado essa impressão, principalmente depois que esse instrumento foi "xerocado" várias vezes. Mas reafirmo que, primeiro, não escrevi a palavra "sem". Eu não tinha nenhum desejo em escrever a palavra "sem". Os documentos afirmavam que a criança já tinha morte encefálica, senão não seria realizada a retirada de órgãos. E inclusive, eu só gostaria de ressaltar para o senhor, até tentando tomar um "pouquinho" mais de zelo, que eu tento completar a descrição com o rodapé. Se o senhor me permitisse aí, não sei se fica legível no xerox, onde coloco que "a retirada, após o diagnóstico de morte encefálica, segundo Conselho Federal de Medicina e autorização prévia da família" ou o sentido um pouco ... Se o senhor me permitir, posso ler?O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO – Pois não.O SR. CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI – Aqui, onde eu escrevo aqui embaixo. "Após diagnóstico, segundo o Conselho Federal de Medicina, de morte encefálica, mais autorização prévia da família, realizada a retirada de múltiplos órgãos". Está certo?
1) Paciente em DDH com M.E. segundo resolução...
Aborto, Eutanásia e Tráfico de Órgãos
Você ainda quer ser doador de órgãos?
"Os médicos que trabalham com transplantes no Brasil procuram evitar que o doador e o receptor se encontrem porque, na opinião deles, isso pode ter consequencias imprevisíveis: tanto a família do doador pode procurar no receptor traços da personalidade do seu parente querido - e, claro, não vai encontrar - quanto, num outro extremo pode até cobrar alguma recompensa financeira.No caso da Central de Transplantes do Estado de São Paulo, que documentamos neste próximo episódio da série, os médicos são terminantemente contra qualquer contato do receptor com o doador."
Drauzio Varella mostra como são mortos os doadores de órgãos
A comunidade médica brasileira se esforça para dizer que o sistema de transplantes é transparente. E nesta transparência - só vista diante de câmeras de TV (Globo diga-se de passagem) - acaba revelando fatos interessantes, como por exemplo, como o meu filho foi assassinado. Nesta reportagem, eles descrevem passo a passo do que poderia ter sido outro assassinato. Só não foi porque haviam câmeras. Meu filho não estava protegido pela imprensa. Vamos aos fatos.
Trata-se da morte encefálica da Sra. Luzinira, que foi vítima de um derrame.
Fique atento aos títulos "PASSO 1, 2 e 3".
Logo no começo, a central de transplantes que está acompanhando o caso é representada pelo médico Reginaldo Boni que afirma:
PASSO 1
"A primeira prova está feita. Ainda não deu prazo para fazer a segunda. Terminado o protocolo, a gente conversa com a família".
Percebe-se que o protocolo para o diagnóstico de morte encefálica foi iniciado. Não há dúvidas sobre a execução deste procedimento. Segundo o médico Reginaldo Boni, "O paciente tem o direito ao diagnóstico de morte encefálica, independente se ele vai evoluir ou não para doação". Não é verdade. O diagnóstico de morte encefálica só é aplicado em pacientes potenciais doadores. Em outros casos isso não acontece, pois não há necessidade.
Em seguida o diálogo com a família:
Francisca - Amanhã, quando eu chegar no horário da visita....Dra. Giordana Maluf - A gente já vai ter uma resposta, uma posiçãoFrancisca - A respeito da morte cerebral, hoje, ela está ligada por aparelhos para manter os batimentos dela, a respiração.Dra. Giordana Maluf - Quando confirmada a morte cerebral, a gente vai entrar em uma outra parte que seria a doação ou não dos órgãos.
Está claro então a realização do diagnóstico certo? Muito bem, vejamos o que vem a seguir.
A médica já falou com a família sobre uma possível doação de órgãos, mas ainda não confirmou a morte do cérebro de Dona Luzanira. Existe um protocolo, uma série de procedimentos essenciais para este diagnóstico.
Mesmo sem a comprovação da morte, a família já é assediada para fins de doação. Caso a família aceite, começa a luta para que a paciente seja diagnosticada morta, e para isso, informações essenciais serão desprezadas como veremos a seguir. Começa agora a sessão de tortura conforma explica outro médico:
PASSO 2 - Sessão de tortura
"O primeiro é ver se a pupila contrai ao estímulo da luz. Quando você joga a luz no olho de uma pessoa normal, a pupila se contrai. Em um paciente em morte cerebral, a pupila não fecha. A gente simula que caiu um cisco no olho do paciente. Normalmente, um paciente com cisco no olho vai piscar. A gente vai no olho dele. E, ao encostar no olho, ele normalmente pisca. O paciente em morte cerebral não pisca", afirma o médico.
"Depois disso, a gente vê se há alguma movimentação ocular aos reflexos que fazem o olho mexer. Um deles é balançar a cabeça. A gente abre o olho e vira a cabeça para um lado. Normalmente, o olho vira para o outro. Porém em um paciente com morte cerebral, ao virar a cabeça, o olho permanece parado", diz o Dr. Mutarelli.
"Em seguida, para constatar que não se mexe o olho, a gente faz a prova calórica que é injetar água fria dentro do ouvido do paciente e observar a movimentação ocular. Quando injeta água, o olho vai movimentar. A pessoa normal movimenta, e o paciente em morte cerebral não tem esse movimento", detalha o médico.
"Em seguida, a gente vê se o paciente tem o reflexo de tosse. O cano que permite a oxigenação do paciente está direto no pulmão e na traquéia. Na hora em que você dá uma ligeira mexida, você estimula o reflexo de tosse. A pessoa normal tossiria. O paciente em morte cerebral não vai tossir", explica.
"Por fim, a gente faria a prova de apneia, a parada da respiração. Ao desconectarmos o aparelho, colocamos o oxigênio para garantir a oxigenação dos tecidos e do cérebro e esperamos para ver se ele respira espontaneamente ou não. A pessoa em morte cerebral não vai respirar, enquanto uma pessoa que não está em morte cerebral vai querer garantir a sua sobrevivência e vai respirar", conclui o Dr. Mutarelli.
"Esse exame neurológico deve ser repetido, pelo menos, duas vezes, por dois médicos diferentes com, no mínimo, seis horas de intervalo entre o primeiro e o segundo exames", afirma o médico.
Todos os testes acima devem ser feitos para fins do diagnóstico de morte encefálica, exceto se o paciente estiver sob sedação, pois tanto a sedação quanto a hipotermia apresentarão resultados falsos positivos do exame, ou seja, pacientes nestas condições, não responderão aos estímulos embora ainda estejam vivos. Por isso o Protocolo para o diagnóstico de morte encefálica (Resolução 1.480/97 do CFM - foto abaixo) é bastante claro: "Se a resposta for SIM a qualquer um dos itens (hipotermia ou uso de depressores do sistema nervoso central) interrompe-se o protocolo".
No entanto, a central de transplantes decide ignorar o protocolo, o que certamente causaria a morte do paciente, e determina:
PASSO 3 - Prosseguir com o protocolo custe o que custar
O serviço de captação de órgãos foi chamado. Já é noite. A direção do hospital concordou que nossa equipe registrasse o trabalho da UTI. Dona Luzanira continua na mesma. O serviço de captação de órgãos enviou a enfermeira Luciana Martins, da Santa Casa, que chega na UTI às 20h.
Rogério, enfermeiro responsável pela UTI, passa para Luciana todas as informações da paciente. Em seguida, ela conversa, por telefone, com o médico do serviço de captação, Doutor Reginaldo."Foi feita sedação nela por volta de 13h de hoje, para poder entubar. A sedação foi feita com 15 miligramas de dormonid, 15 miligramas de midazolan, às 13h. Foi feito só isso, para fazer a entubação, mais nada", passa Luciana para o médico.
Dr. Reginaldo reforça que, apesar do sedativo, o protocolo deve ser seguido. "Como ela está com o mínimo de droga. A dosagem está mínima, e ela está com os sinais vitais estáveis", afirma a enfermeira.
Dr. Reginaldo passa, por telefone, as instruções: fazer os testes e deixar marcado o doppler, exame que mostra o fluxo do sangue para o cérebro e que é realizado por uma equipe de fora do hospital.
Segundo o relator do protocolo para o diagnóstico para a morte encefálica, o médico Luiz Alcides Manreza, em 8 de maio de 2002 numa entrevista para a revista CartaCapital sobre o caso Paulinho Pavesi, afirmou:
"O protocolo não estabelece um período mínimo entre a administração de drogas como o Dormonid e a realização dos exames, portanto, se aplicado com rigor, sim veta o diagnóstico de morte encefálica no caso de pacientes que tenham sido medicados com elas."
Entenderam? O relator desta resolução afirmou que protocolos devem ser suspensos em caso de uso de drogas como o Dormonid. Mas o chefe da central de transplantes ignorou a resolução 1.480/97. Manreza continua:
"Não conheço nenhum protocolo de morte encefálica no mundo que exija um período inferior a 24 horas entre a administração de drogas depressoras do sistema nervoso central e os procedimentos para diagnóstico de morte encefálica".
A equipe médica não aceitou a imposição da central de transplantes e suspendeu o protocolo. A morte desta senhora só foi diagnosticada e comprovada 5 dias depois, e o transplante não pode ser realizado. Se tivessem seguido a determinação da central, a sra. Luzanira teria seus órgãos retirados quando ainda estava viva. Mas o que isso tem a ver com o caso Paulinho, afinal o diagnóstico não foi interrompido?
Simples. O caso Paulinho, como em muitos outros casos que acontecem diariamente no Brasil, a central determinou que o protocolo fosse ignorado. Ao contrário do caso da sra. Luzanira, a equipe médica que cuidava de Paulinho era a mesma equipe que cuidava da central. Sendo assim, a determinação da central em ignorar o protocolo foi dada do chefe da central de transplante para o chefe da equipe que eram a mesma pessoa - Álvaro Ianhez. Ele não teve qualquer dúvida para seguir uma determinação que ele mesmo fez. A maior prova que o protocolo foi ignorado é que o exame de arteriografia feito após os testes de tortura e que os médicos garantiram haver morte encefálica, confirmou a presença de fluxo sanguineo, e portanto, vida.
Para que os órgãos não fossem perdidos, Paulinho foi levado para outro hospital, recebeu anestesia geral tendo em seguida os órgãos retirados quando ainda estava vivo.
Os transplantistas se negam a admitir o homicídio do meu filho, mas Varella exibiu na prática como deveria ser realizado o atendimento do Paulinho. Médicos transplantistas renomados como Osmar Medina Pestana e Valter Duro Garcia são testemunhas de defesa no processo de homicídio que Álvaro responde pela morte do meu filho, e juram que ele não fez nada de errado.
Ele matou meu filho, e estes médicos renomados estão dando cobertura aos assassinos. Mas diante das câmeras, nenhum deles tem coragem de assumir a verdade.
Obrigado Drauzio Varella por mostrar a todos como o sistema funciona. Principalmente exibindo o caráter de quem trabalha numa central de transplantes como a de São Paulo (a maior captadora de órgãos do Brasil), e que ignora um protocolo tão "sério". O protocolo é ignorado e pacientes sedados são levados à óbitos, exceto quando há uma câmera ligada.
Ao contrário do caso acima, Paulinho foi sedado com barbitúricos e mais de 90 miligramas de Dormonid, e o protocolo seguiu normalmente para transformá-lo em doador.
NÃO DOE ÓRGÃOS. TRANSPLANTISTAS NÃO RESPEITAM O PROTOCOLO O QUE CAUSARÁ A SUA MORTE.
Lembrem-se que quando o PASSO 2 foi executado - uma verdadeira tortura - a sra. Luzanira não tinha morte encefálica que só veio ocorrer 5 dias depois destes procedimentos.
O Brasil é independente. Independe do que você pensa.
9 anos sem Paulinho. E nós fomos punidos.
Anestesia Geral em Paulinho Pavesi
Art 1o. - Determinar aos médicos que praticam anestesia que:Antes da realização de qualquer anestesia é indispensável conhecer, com a devida antecedência, as condições clínicas do paciente a ser submetido à mesma, cabendo ao anestesista decidir da conveniência ou não da prática do ato anestésico, de modo soberano e intransferível;
"o médico está obrigado a acatar e respeitar os Acórdãos e Resoluções dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina."
CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS06/07/2004Depoente: Sérgio Poli GasparExtraído das notas taquigráficas da Câmara dos deputadosO SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Fiquei preocupado quando o ouvi iniciar esta rápida explanação dizendo que foi chamado para aplicar assistência ventilatória naquela criança. Porque tenho aqui em mãos Dr. Sérgio, como disse, documentos onde o procedimento foi um tanto quanto diferente. O senhor emitiu documentos com referência ao estado do garoto, inclusive analisou o garoto, e na sua avaliação o garoto era um ASA-5. Muito bem, era um ASA-5. Dr., o senhor confirma que era ASA-5, o senhor levantou o papel mostrando, não é diferente o procedimento, no caso da sua especialidade, para dar uma assistência ventilatória e quando o paciente é qualificado ASA-5? Porque, pelo que sei, a assistência... O senhor pode explicar por que é feita a assistência ventilatória? Em que casos? Em que circunstâncias?O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Por que eu tenho que fazer assistência ventilatória?O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Sim.O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Porque ele está em morte cerebral e está em apnéia.O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Muito bem, então ele está com morte cerebral e apnéia. Então a ventilação ou assistência ventilatória é para que ele permaneça vivo, enquanto é feita a cirurgia, não é isso? Para que os órgãos sejam retirados.O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Ele está em morte cerebral, a gente mantém ventilação mecânica para que os órgãos que vão ser recuperados, sejam oxigenados e perfundidos, ou seja, viáveis.O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Muito obrigado. E no caso do ASA-5. O senhor pode descrever para nós quando o anestesiologista diz que o paciente é ASA-5, em que estado ele está?O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Perfeitamente. Essa classificação ASA... esse transplante foi realizado no ano de 2000. De 2002 para cá, existe na literatura mundial, foi acrescentado na classificação ASA, uma nova classificação que chama ASA-6, paciente em morte cerebral, doador de órgãos para transplante. Na classificação de 2000 e 2001 para trás, eu tenho artigos de documentos científicos dos Estados Unidos, 11 universidades mostrando para vocês que não existiam ainda uma uniformização, uma oficialização do ASA-6. Dado a gravidade do paciente, que estava em morte cerebral, eu empiricamente classifiquei esse paciente na classificação mais alta que era para mim disponível. Eu não podia omitir uma classificação, porque se isso aqui estivesse em banco, vocês estariam me chamando aqui para explicar porque eu tinha deixado em branco.O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Exato.O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Se eu tivesse posto ASA-6, vocês me chamariam aqui, porque ASA-6 não existia naquela época. Então, empiricamente eu pus na classificação mais grave que existia na época, que era ASA-5 e muitos hospitais americanos ainda considerava ASA-5. Agora, a classificação do paciente, se a gente vê que se começa a preencher de cima para baixo, está claro o quadro do paciente, o estado físico do paciente. Com a minha letra foi escrito, com a minha mão, com a minha letra, morte cerebral, se tinha, doador de rim para transplante geral.
O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Me desculpe. A senhora tem ai, doutora. The ASA physical status classification systems, aqui está em inglês, mas aqui, não vou ser tão petulante, bem aqui estão: “Esses trabalhos da Associação Americana de Anestesiologistas e da Associação Canadense já definem ASA-5 e ASA-6 desde 1992 e 1999. Dr. Sérgio Poli, mais um documento da use of sedations anesthesia... Está traduzido também ou a gente tem que ver? Aqui é o outro documento. Certo? Sobre o procedimento do paciente, a seleção e tudo mais. Está dizendo que esses guias dão uma visão geral das condições, que têm de ser vistas para sedar o paciente. Doutor, o senhor afirmou nesta CPI que, em 2000, não existia a classificação ASA-6. Isso é muito grave.O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não era do meu conhecimento, da minha literatura.O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Mas o senhor tem de saber, meu amigo.
O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Doutor, então o senhor aplicou anestesia geral no morto?
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não.
O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: Como é que o senhor... anestesia indicada, geral? E aqui tem o documento, aliás o medicamento...O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: – Entre parênteses?
O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: - ... entre parênteses. Como é o nome desse medicamento?
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: – Pavulon. Pavulon é o nome comercial do Brometo de Pancurônio. E ele não é e nunca foi anestésico na vida, ele é um adjunto à anestesia. O Pavulon não faz uma pessoa dormir, o Pavulon não tira a dor de ninguém, ele não deprime o sistema nervoso de ninguém. Se tiver médico no plenário, vai confirmar isso comigo. Pavulon é um relaxante muscular de ação periférica que a gente mantém a musculatura frouxa, a gente relaxa a musculatura, facilitando, desta maneira, o acesso do cirurgião ao órgão, para que ele traumatize o menos possível o órgão, para que o órgão seja viável. Esse remédio é descrito na literatura mundial, que eu não devo usar não, que eu tenho que usar, porque senão fica inviável a retirada dos órgãos.
O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO: – Outro esclarecimento. Então o senhor explicou bem sobre o Pavulon, mas por que a anestesia geral?
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR – Isso é força de hábito minha. Eu escrevi, só que é um procedimento cheio de... é o seguinte, eu devia ter quatro mãos, para duas fazerem fichas e as outras duas cuidar do paciente. Eu pus geral e na mesma hora pus na frente, entre parênteses, (Pavulon).
Se a "força do hábito" faz com que ele sempre escreva "GERAL" e em seguida o nome de um medicamento qualquer que sequer é utilizado para tal finalidade, seria interessante rever todas as cirurgias que SÉRGIO POLI tenha atuado de 1999 à 2000 para verificar nestes prontuários a existência deste vício, que certamente pode ser classificado como um erro gravíssimo. Mas tal investigação nunca foi de interesse das autoridades.
A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA: Certo. A pergunta que faço é a seguinte. Dr. Sérgio, o senhor afirma ter aplicado o relaxante muscular. O senhor afirma que aplicou o Pavulon. Os depoimentos que tiveram na CPI e os documentos, inclusive de poder no processo investigatório e da CPI, afirmam o inverso, que o senhor teria aplicado uma anestesia geral. O senhor nega essa
afirmação.
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Nego ter aplicado anestesia geral.A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA: Quem o senhor acha, que estaria lhe prejudicando, afirmando isso e por quê?O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não acredito que tenha ninguém querendo me prejudicar. Eu não fiz anestesia geral em ninguém, o que eu fiz foi especificado.A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA: Tem depoimentos na CPI, inclusive anexados ao processo, que as pessoas que foram ouvidas afirmar terem visto o senhor aplicar anestesia geral. Por que o senhor acha que estariam lhe prejudicando?O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não sei, eu não tenho acesso a esses documentos.
A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA: O senhor não tem idéia disso? Sr. Presidente, mais na frente eu retomo.O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Sr. Sérgio, o senhor conhece a Resolução nº 1.363 do Conselho Federal de Medicina?O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não, de cabeça, assim, não.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Mas, o senhor conhece alguma parte? O que o senhor conhece?O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não, eu, de cabeça, não sei. Nunca decorei. Eu tenho livros disso, mas eu nunca decorei, não.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Quando o senhor vai iniciar algum procedimento, ou então o senhor não sabe ainda o que vai fazer, tem que recorrer à resolução, ir lá olhar e ler antes de fazer? Porque é uma norma. É uma resolução do Conselho Federal de Medicina.O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Seja claro. Seja claro o que o senhor quer que eu responda.O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Eu estou perguntando se o senhor conhece a Resolução nº 1.363 do Conselho...O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não, eu não conheço.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): O senhor acha que como um médico anestesista o senhor não deveria conhecer?
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Não, por quê?
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Porque eu não conheço o código.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Esta resolução foi feita para quê?
O SR. SÉRGIO POLI GASPAR: Não sei.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Para açougueiro, para mecânico ou para médico? É do Conselho Federal de Medicina a resolução!
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Deputado Rubinelli.O SR. DEPUTADO RUBINELLI: Sr. Presidente, eu gostaria de perguntar se essa resolução é do Conselho Regional de Medicina.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Federal.O SR. DEPUTADO RUBINELLI: Federal. Eu quero dizer, Sr. Presidente, aos Deputados presentes e ao depoente também, que eu acho que a CPI tem a obrigação de informar ao Conselho Regional de Medicina de que o depoente não vê necessidade, e colocou isso na sua fala, de conhecer as resoluções do Conselho. Acho que é importante o Conselho saber disso. Até para o Conselho, Sr. Presidente, alertar o depoente de que isso é imperativo, é necessário que ele conheça. E eu quero dizer, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que em que pese o grande conhecimento do depoente com relação às doutrinas americanas, com relação à Medicina, que as leis brasileiras, as resoluções dos respectivos órgãos de classe, tanto na área médica quanto em outras áreas, devem ser seguidas em nosso País. E eu quero, Sr. Presidente, deixar registrado que a CPI faça essa recomendação para o Conselho Regional de Medicina que ela também inquira o depoente a respeito disso. Que sejam mandadas as notas taquigráficas para o Conselho no sentido de que o Conselho saiba que o depoente hoje aqui disse que não acha necessário conhecer as resoluções. Foi isso que nos passou aqui. Se eu estiver enganado, Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): A solicitação está sendo acatada e a secretaria da Comissão vai estar enviando ao Conselho.O SR. DEPUTADO RUBINELLI: E, Sr. Presidente, quero finalizar dizendo também que eu gostaria que a CPI solicitasse a cópia do processo que o depoente moveu contra o pai do garoto. Gostaria de ter conhecimento desse processo aonde o depoente me parece que já teria obtido algum êxito. Muito embora essa história toda esteja extremamente confusa, o depoente parece que processou o pai do garoto por injúria, calúnia e difamação e pediu uma indenização por danos morais. Me parece que já obteve êxito. Gostaria que a CPI também tivesse acesso a esses documentos para verificarmos tudo o que foi argüido nesse processo, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga): Nós agradecemos a presença do Dr. Sérgio Gaspar, as informações prestadas aqui. Com certeza, foram informações relevantes para o trabalho desta Comissão e dizer que, se for necessário e assim a Comissão entender, estaremos solicitando a presença de V.Sa. aqui em outra oportunidade. Muito obrigado.
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Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic
Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.
Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.
Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.
Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.
Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.
Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.
... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.
O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.
CASO TAUBATÉ
Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.
Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.
EM OUTROS PAÍSES
A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
W
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- Paulo Pavesi
- Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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