Operação abafa tráfico em andamento
1. Contam o que sabem
2. Pagam 10 mil reais
Não é preciso muita inteligência para saber qual foi a opção escolhida. Pagarão 10 mil e o processo será suspenso, arquivado, eliminado.
As pessoas que morreram porque tiveram os órgãos e o direito à vida extirpados para que alguém com pouco mais de 200 mil reais pudesse viver, deixaram de ser importantes. Os mortos nesta história, são os mesmos que a ABTO diz que é importante salvar, mas morreram porque quando chegou a vez de serem salvos, alguém decidiu salvar quem tinha mais dinheiro. Agora, viraram pó. Não servem mais para o sistema de transplantes. Não serão mais foco daqueles reportagens que começam dizendo: “fulano de tal luta há 2 anos por um transplantes e teme pela falta de doação de órgãos”.
A doação existiu e está provado. O problema é que os órgãos foram implantados em outros. Outros que poderiam garantir à equipe de transplantes, maiores rendimentos que o SUS. Não que desprezassem o dinheiro do SUS. Pelo contrário! Receberam das duas pontas.
Qual o motivo para existir um acordo que inocenta médicos cujas atitudes levaram algumas pessoas a óbito?
Existem vários. O principal deles é que transplantistas, como os da ABTO, vomitam pela imprensa que este tipo de crime no Brasil não existe. Sendo assim, é preciso que continue não existindo, sobretudo, porque, transplantistas e a ABTO alegam que notícias deste tipo tendem a diminuir a doação de órgãos o que prejudica, sem dúvida, a vida de muitas pessoas. O problema é a contradição. Não se pune quem faz tráfico de órgãos para que as doações não prejudiquem a vida de quem precisa de um transplante. Ao mesmo tempo, não punindo quem trafica órgãos, prejudica muito mais aquele que está à espera de um órgão.
As autoridades federais sempre escolhem o lado dos médicos. O lado que tem mais poder, dinheiro e influência. Diga-se lucros!
Estranhamente tudo não passa de uma novela. A Polícia Federal diz que está investigando o caso do Rio de Janeiro há 5 anos, e em 10 minutos, médicos fazem um acordo e o processo é suspenso. 5 anos de trabalho que aquela pessoa que está a espera de um órgão paga, através de impostos, que vão para o lixo. Tudo para que o sistema brasileiro de transplantes, comprovadamente uma grande farsa, continue sendo o que é. A impunidade gera o crime. Se um médico faz e não é punido, quem não vai fazer?
“Médico recebia 200 mil para operar fora da fila”. A notícia que deveria servir de alerta aos traficantes, acaba sendo um propaganda. Furar a fila por 200 mil, vale à pena. 10 mil reais por um acordo de impunidade corresponde a 5% do faturamento de uma única cirurgia. No interior, diríamos que é dinheiro de pinga. Vale a pena vender órgãos!
São milhões de reais pagos a hospitais e clínicas particulares, com um grande percentual destinado aos cirurgiões que usam os órgãos obtidos pelo sistema público, e os implantam em pacientes financeiramente abastados.
Por que então não liberar a venda de órgãos?
O brasileiro que está na fila de espera é na verdade um cheque em branco. Ao cair na mão de um médico, ele é preenchido e cobrado do governo. Se a cirurgia dará certo, não é um problema do médico e nem do governo. O problema é de quem está na fila.
O sistema de transplantes brasileiro é um oásis. Há uma lei que é simplesmente ignorada. Muitos médicos e hospitais operam sem credenciamento e mesmo assim recebem pagamento do SUS. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, em nenhum momento falou-se em enquadrar os médicos na lei 9.434/97 (transplantes). O máximo da acusação foi peculato. Sim peculato! Tráfico de órgãos não existiu. Desviar órgãos da fila pública para fila particular é peculato!
Paulinho - 10 anos
A verdade acima de tudo
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Assista aos vídeos
Documentário H.O.T. - Human Organ Traffic
Depoimentos na CPI do tráfico de órgãos comprovam: Ministério Público Federal protege traficante de órgãos.
Reportagem da Band TV sobre CPI do tráfico de órgãos: Médicos renomados vendem órgãos a 50 mil dólares.
Exumação de Paulinho: Delegado Federal que apurou o caso sorri.
Assessora de imprensa do Ministério da Saúde (José Serra), se nega a desmentir falsas informações distribuídas pelos transplantistas.
Reportagem do Fantástico revela crimes nos transplantes. Rede Globo aceita silenciar para que médicos renomados não fossem punidos.
Agricultor denuncia: O médico que matou Paulinho exigia doações para fazer transplantes, e fazia internações falsas fraudando o SUS.
... e confirma durante a CPI. Mas nada mudou depois da CPI porque o Procurador Geral da República se nega a dar andamento nas investigações.
O homicídio não foi o bastante. O hospital praticou estelionato e extorsão cobrando materiais e procedimentos que nunca foram utilizados.
CASO TAUBATÉ
Promotor revela: Transplantistas usavam médium para convencer família a doarem os órgãos de pacientes vivos.
Enfermeira que participava de transplantes conta como médicos matavam seus pacientes para a retirada de rins.
EM OUTROS PAÍSES
A couple claims a hospital killed their 18-year-old son to harvest his internal organs. Maggie Rodriguez reports.
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About Me
- Paulo Pavesi
- Gerente de Sistemas, há 10 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008
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